Bom, estamos em época de balanços. Foi espectacular.... Vejamos:
Acabei com a minha namorada porque não a suportava, para dias depois a aceitar de volta... A razão disto foi saber que ia ser pai, bacano... vamos dar á criança um lar como deve ser----> Errado! Continuámos a não conseguir ficar debaixo do mesmo tecto. Depois na espectativa de ser pai ( algo que esperava há 10 anos, quiçá fruto da minha vontade de emendar os erros do meu próprio pai), envolvi-me com uma e depois outra sendo que a última teve mais sentido do que a primeira, mas ambas se revelaram experiências infrutíferas.
Mudei de casa duas vezes, sendo que a primeira foi para uma casa bem melhor do que a que eu tinha antes, muito maior e mais desafogada com vista rio, etc ( mas com vizinhos do pior). A segunda mudança trouxe-me para casa da minha mãe, visando cortar nas despesas, e pensando na minha filha que nascera em Setembro, e em mim na minha habilidade, ou falta dela, para escolher gaijas ( sublinho, gaijas).
Depois novo emprego, a trabalhar naquilo que acho que não devia existir, ou se tivesse mesmo de ser que fosse todo pra mim que eu me encarregaria de o distribuir irmamente entre os demais, o dinheiro... Um sector onde se festeja em jantares de natal da empresa o facto de os portugueses estarem cada vez mais individados, e recorrerem a novos créditos para pagarem os primeiros que contraíram. LTV, Euribor, IRS, IRC, registo predial urbano, taxa de esforço, consultores, mortgage, crédito consolidado... Palavras destas entraram no meu dia a dia... E palmadinhas nas costas dos nossos patrões americanos que nem sequer nos conhecem, mas gostam muito de nós....
Aniversário que a mulher da minha vida foi embora... Mulher da miha vida até agora porque ainda ( burro, casmurro, teimoso) acredito que vou conhecer mais mulheres da minha vida.
Paixão, amor, borboletas na barriga, falta de sono e estados eufóricos nem vê-los este ano.
Ser pai sem ter o direito de ver a minha filha.
Não sentir a paternidade como deve ser.
Não ver a filhota no Natal.
A minha tia a morrer aos poucos, com o desejo ( senão final, quase) de pôr a mesa da ceia de Natal por ser o último Natal que ela poderia fazer tal coisa...
A pouca vontade de festejar o fim de ano, poucos lugares para o fazer, e não estar onde quero...
Olha ao menos salvou-se a ida ás terras do tio Alberto João, das bananas, e das praias de areia importada, no verão.
Mau ou muito mau, morno ou pior que isso....triste, já foi, ou quase.
Ainda bem, fodasse! Venha outro! Não precisa muito para ser bem melhor que este merdas que passou durante 12 meses, 365 dias, 8760 horas... lento, lentinho...
Listening to Aretha Franklin - Respect, Rescue Me, Say a Little Prayer for You & Son of a Preacher Man